Relatório da WWF aponta que populações de animais da floresta estão em declínio
A rede WWF (Fundo Mundial para a Natureza) divulgou nesta terça-feira dia 13/08 o relatório “Bellow the Canopy” (Abaixo da copa das árvores), estudo que avalia dados desde 1970 até 2014 sobre a biodiversidade florestal. Esse documento é histórico, pois há poucos trabalhos dessa densidade de tempo e de detalhamento. O estudo cria um “Índice Específico de Florestas” que mostra que as populações monitoradas de aves, mamíferos, anfíbios e répteis que vivem em florestas diminuíram, em média, 53% no período estudado, ou seja há perda de espécies de comunidades em meio a floresta. O estudo destaca a degradação de habitat causada principalmente pela atividade humana, como o desmatamento, sendo essa a causa de 60% das pressões e ameaças a florestas e espécies florestais . Os declínios foram maiores em florestas tropicais, como a floresta amazônica. (fonte WWF BRASIL)
Nos estudos da Biogeografia já há algum tempo tem caracterizado as perdas de habitat como um dos principais meio de extinção de espécies. Notadamente os habitats tem se transformado em fragmentos, sendo portanto “ilhas ambientais”, atingidas por diversos processos predatórios, e por vezes de modificação da borda do fragmento interferindo nos ciclos ecológicos definitivamente.
O artigo da WWF BRASIL ainda destaca. “Sobre o Índice Específico de Florestas – Ainda se sabe pouco sobre a situação dos animais silvestres nas florestas. O Índice Específico de Florestas (Forest Specialist Index), desenvolvido pelo WWF seguindo a metodologia do Living Planet Index (usado no mais importante relatório mundial sobre biodiversidade, o Relatório Planeta Vivo –Living Planet Report), se concentra em espécies que dependem inteiramente de florestas. Isso significa que este indicador fornece uma representação acurada da saúde do ecossistema florestal. O Centro de Monitoramento Mundial de Conservação (UNEP-WCMC, World Conservation Monitoring Centre) liderou a análise e modelagem para este relatório em colaboração com a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, Zoological Society of London).” (fonte WWF BRASIL)